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Compras online e identidade falsa: como saber se o cliente realmente existe?

As vendas online cresceram rapidamente nos últimos anos, e com elas, os golpes digitais também evoluíram. No e-commerce, um pedido aprovado não significa uma venda segura, e muitos lojistas só percebem isso quando o prejuízo já aconteceu.
Fraudadores conseguem criar cadastros falsos usando dados reais, utilizar cartões clonados e até gerar identidades sintéticas para fazer compras. O resultado? O produto é enviado, o pagamento é estornado e o dono da loja fica sem dinheiro e sem mercadoria.
Se você vende online, precisa se perguntar: como garantir que o cliente do outro lado da tela realmente existe?
Como os fraudadores criam identidades falsas para comprar online?
Criar um cadastro falso e enganar um e-commerce é mais fácil do que parece. Os criminosos utilizam diferentes estratégias para cometer fraudes, e muitas lojas não possuem barreiras para impedir esses golpes. Veja algumas das formas mais comuns:
Uso de CPFs e dados vazados
Golpistas compram informações pessoais na dark web ou em vazamentos de dados, preenchendo cadastros com nomes e documentos reais. Como os CPFs existem no sistema, os cadastros parecem legítimos, mas na prática, o verdadeiro dono do documento não tem ideia de que foi usado.
Cartões de crédito clonados
Fraudadores conseguem acesso a cartões vazados e utilizam essas informações para fazer compras. Como os sistemas tradicionais verificam apenas os dados do cartão e não a identidade do comprador, a transação é aprovada sem problemas. O golpe só é descoberto quando o dono do cartão percebe a cobrança e solicita um chargeback, deixando o lojista no prejuízo.
Softwares de anonimização e IPs mascarados
Para evitar rastreamento, golpistas usam VPNs, proxies e redes de anonimização para simular acessos de locais diferentes. Isso dificulta que lojas consigam detectar padrões suspeitos, como várias compras fraudulentas vindas do mesmo endereço de IP.
Deepfakes e biometria falsa
Com o avanço da inteligência artificial, criminosos conseguem criar deepfakes vídeos e imagens manipuladas para enganar sistemas de reconhecimento facial. Se uma loja utiliza apenas uma selfie estática para validar clientes, esse tipo de fraude pode passar despercebido.
Essas técnicas fazem com que golpistas consigam aprovar pedidos sem levantar suspeitas, e é por isso que muitas lojas só percebem que caíram em um golpe dias ou semanas depois, quando o banco estorna o pagamento ao verdadeiro dono do cartão.
Como saber se um cliente realmente existe?
Se a única verificação que sua loja faz antes de aprovar um pedido é confiar no cadastro preenchido pelo próprio cliente, você está jogando no escuro. Felizmente, existem formas de validar identidades de forma segura e evitar prejuízos.
- Integração de um sistema antifraude: A melhor forma de evitar problemas é utilizar uma solução automatizada que detecte e bloqueie tentativas de golpe antes que o pedido seja aprovado.
- Verificação de identidade em tempo real: Ao cruzar os dados do cliente com bancos oficiais, como o Senatran e órgãos de crédito, sua loja pode verificar se aquele CPF realmente pertence à pessoa que está fazendo a compra.
- Prova de vida: Sistemas mais avançados exigem movimentos em tempo real para validar a identidade do comprador, impedindo que fraudadores usem deepfakes ou fotos de terceiros para se passarem por outra pessoa.
- Monitoramento de padrões suspeitos: A análise de comportamento pode ajudar a detectar tentativas de golpe antes da finalização do pagamento. Alguns sinais incluem:
- Pedidos muito acima do ticket médio da loja.
- Várias tentativas de pagamento com diferentes cartões.
- Endereços de entrega inconsistentes ou genéricos.
- Compras feitas em horários incomuns, como de madrugada.
Como evitar fraudes de identidade no seu e-commerce?
- Não confie apenas no que está escrito no cadastro. Golpes bem planejados podem parecer compras legítimas.
- Use verificação de identidade automática. Um sistema de validação previne fraudes antes que o problema aconteça.
- Aja antes do prejuízo. Chargebacks, bloqueios e perdas financeiras podem ser evitados com tecnologia de segurança digital.
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